sábado, 27 de setembro de 2008

o gosto ácido de ferrugem que inalo ao ar , infesta a alma intocada e contaminada com o sabor
ruidoso das maquinas obsoletas
- movem o funcionamento debil dum pensamento malformado - o combustivel das horas e dias.

enferruja-me,
amo o sabor do que me faz mal, acordo pela manha em busca de veneno
seja dos teus labios, seja do céu,
como voce sente-se? a eloquência dos mudos me surpreende, passou-se mais um dia e somente
fui o semblante que nao fez falta.

aos versos que formam-se durante os minutos e segundos,
- só sinto o que me pesa! -
só a ferrugem me faz sentir-se vivo
so o tempo me diz coisas que nao sei, e nunca saberei
nao sei quem sou agora, e quem tornar-me-ei,
eu morri a um segundo
e nasci no seguinte.

adio o dia de amanha,
afio meus olhos no espelho dos teus;