terça-feira, 22 de julho de 2008

Ao dia chuvoso lança-se o apito do trem, grita em meio toda a torrente -
amo este som, um grito ao ritmo das gotas pulsando em meu telhado.

Lança-se ao ar, sauda a chuva
é como se a noite fria
derrepente não fosse um mar gelado
é como se o apito fosse um romance abandonado
que não terminou, apenas esqueceu de acontecer
para o trem lembrar que não pode ser contado.

Sinto me acolhido, a chuva foi minha durante muitas noites
as gotas -
um mantra antigo ,
despido de bocas.


temporais, tormentas torrenciais, precipitações, garoas e névoas
apitos do trem não tão distante, hedonismos suburbanos.

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