sábado, 17 de maio de 2008

É um esforço descomunal ser, existir. Dói, machuca e dilacera. Não é bonito como nos filmes. Crescer dói e quebra o vidro, arranha os dentes, quebra as unhas no quadro negro. Dói porque é devagar, é sofrido, dói porque a cada dia que passa a casca sai pra entrar uma nova, e trocar de pele nunca é agradável, sempre deixa marcas. E se acontece todos os dias então, dói todos os dias.

Crescer não é bonito como nos filmes, nunca foi, e nunca vai ser, e se assim for até o fim dos meus dias, as coisas sempre vão sair cuspidas, agressivas, secas, nada vai ser lapidado. Se a vida é uma variação eterna de sofrimentos e alegrias, as coisas vão oscilando como em um barco em meio ao oceano. Sempre com a ânsia de vômito e vendo tudo girando de um lado pro outro.

Um comentário:

Wilhelm Förster disse...

niilista de merda, hahahaha