
volte-e-meia, quando estou cansado
[ando mas me sinto arrastado.
preferia eu andar com os olhos sobre as coisas, tocando suavemente cada fenda aonde adentram-se os pequenos universos que regurgitam : tú és humano.
um instante
um semblante.
anda mais um pouco, por favor
esmaga o mundo com teu andar melancolico
pisa sobre o chão que te sustenta.
quando dormes chegas aonde queres
fecham-se as portas do mirar,
és com shiva, braços para segurar-te perto de mim
para sentir o mar, inebriar-se e meditar.
{lembrou-me de um sonho que anotei há um tempo atras}
"Lábios como ladrões
correm pois roubaram tua redenção,
tentando nao ser tragado pelo mar dos perdões.
andamos pelas ruas do centro de um lugar um tanto quanto belo, urbano mas muito bem organizado, prédios cobertos de mármore branco me transmitiam uma certa frieza e ao mesmo tempo segurança. Eram grandes e bem arquitetados, dentro dele segui ao que parecia ser um lobby, com o pé direito de mais ou menos 4 metros de altura. Estátuas de deuses egipcios em seus pedestais guardavam um elevador - adentrei me e subi ao nono andar.
cheguei a um apartamento muito bem decorado, uma sensação de familiaridade tomou conta de mim, eu ja estivera ali - ao menos em sinestesia. Um papel de barede bordô fazia me sentir a vontade, a paisagem da janela era muito bela e semi cerrada por cortinas amarelo-queimado.
uma bela mulher adentra-se por uma porta grande e alta. é maravilhosa, tem o aspecto indiano e utiliza roupas de seda estampadas, típicas da mesma região. tem a voz suave, como se beijasse meus ouvidos e calasse meus medos com sussurros que falavam dentro de mim. ela disse somente esta palavras:
- senta e conta o que te corroe, aonde está a ferrugem que faz tanto ruído enquanto teu coração bate.
não disse nada."
acorda e novamente vai triturando o chão,
em busca do que te corroe, esmagando o mundo
com o fitar cerrado mora aonde nunca podera pisar.
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