terça-feira, 29 de abril de 2008

Rio de Janeiro, 1925.

E que falta me faz aquele musical, um musical da vida real. Pois quando nada se sabe de samba tudo parece mais fácil, talvez fácil seja falar da vida alheia. Então vamos aos fatos:

-Cadela!
-Eu?
-Não, ela!
-Mas como assim cadela?
-Quer saber mais pergunte a ela! Não estou aqui omitindo fatos, estou apenas dizendo os relatos.
-Então me diga o porquê deste ato!
-Pergunte aquela Marafona, que até para trair é cafona.
-Caro comparsa, posso te afirmar que isto é uma farsa. Conheço sua patroa, ela não te trairia nem que lhe doa.
-Doa? Doa sim, doa o corpo para aquele mulato que mora no cais do porto. Maciel, um mequetrefe que vivia de catar papel.
-Pelo visto o cacho é sério, o que farás com ela, diga logo, acabe com esse mistério.
-Primeiro vamos tomar uma cachaça, isso sim é coisa boa, quando bebo aquela branquinha nada me magoa.
-Estou contigo, mas aviso que não vou ajudar a pagar. Tenho aluguel, comida e água para quitar. Essa é por sua conta, mas eu sei que pela nossa amizade você desconta.
-Lazarilho, essa eu pago, mas depois vamos até minha casa, vou dar uma surra na patroa e bater com ferro quente naquele delinqüente.

2 comentários:

Pedro disse...

muito bom esse viu..
ta saindo coisa boa daki ahahaha

Wilhelm Förster disse...

vamos rimar, rimas pobres segundo o bini. mas vamos treinando haha