segunda-feira, 21 de abril de 2008




passa-se o tempo,
curvamo-nos diante do arder nos olhos
abertos para fitar o que virá
somente vangloria-se hoje, pois o futuro é o
presente que nunca chegou.

um mar numa tempestade, tragando em círculos tudo que
nunca poderiamos mover. fujo dos fantasmas que assombram
somente os que acreditam neles ;


não tem alma quem nunca escreveu com o coração,

meus olhos ardem, querem saltar de minha face
querem dizer com meu proprio olhar o que veem
o espelho nunca disse nada, so assistia minha carne
como um decrepto abençoado pelo seu deus televisionado.

continua tudo tragando-se, tragou teu amor, tragou a sensibilidade, muito bela
acolhida sob uma redoma transparente, como as que protegem peças frágeis em museus.

nunca toque , somente observe-a. o fragil está em ti, e o sensivel
trinca a alma num aforo de beleza. Tudo é belo, nada é livre. Na hipocrisia mórbida
existe beleza, existe sensibilidade , no amor e na poesia também.

ela ira tocar-te. com uma navalha afiada cortará sua carne, deixará o sangue escorrer
para ver o escarlate que corre em tí, que te faz sensivel, que alimenta seu coração.

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