sexta-feira, 25 de abril de 2008

A concepção materialista do Design.



Na produção social de sua existência, os homens entram em relações e movimentos determinados, necessários e independentes da sua vontade, relações de produção que correspondem a um grau de desenvolvimento determinado das suas forças produtivas materiais. Não existe matéria sem movimento, e não existe movimento sem matéria. A matéria é à base de tudo, a matéria determina o homem e é o fator determinante de sua consciência.

Então vamos pensar na concepção materialista, no materialismo histórico:

O que são os pensamentos? As idéias? De onde eles vêm? - São produtos de nosso cérebro. E o cérebro o que é? - Um produto da natureza que se desenvolveu nesse meio, de onde resultam os produtos (nossas idéias), ou seja, eles não estão em contradição, mas em conformidade com o conjunto da natureza. Karl Marx dizia: "O movimento do pensamento é apenas o reflexo do movimento real, transportado e transporto para o cérebro humano", o que nos deixa claro que não é a consciência dos homens que determina o seu ser e suas atividades, e sim o seu inverso, o seu ser social que determina a sua consciência.


Na produção de uma peça gráfica, de um projeto ou até mesmo de um texto o mesmo irá ocorrer. A minha matéria irá determinar os rumos de meu projeto, serão as minhas memórias, a minha educação visual, os meus erros, meus acertos, as vanguardas, os movimentos, os grandes nomes que influenciarão em minhas decisões na elaboração deste tal projeto. É o Materialismo Dialético aplicado diretamente ao design, a teoria da relatividade do conhecimento do homem que reflete a matéria em perpétuo desenvolvimento. É o que para muitos significa o mundo movendo as minhas idéias, ou para nós meros designers, o mundo movimentando nossos projetos.



"Investigar o ser social, as raízes do problema e assim conceber a solução de um produto" Karl Marx.

Um comentário:

pretérito disse...

somos o nosso repertório e ele é o melhor amigo da nossa consciência.